A educação ambiental popular: contribuições em práticas sociais
DOI:
https://doi.org/10.29181/2594-6463-2018-v2-n1-p60-70Palavras-chave:
Prática Social, Educação Ambiental Crítica, Educação PopularResumo
Resumo
Este artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão em torno da educação ambiental popular, a partir de uma perspectiva histórica e crítica, como uma corrente teórica que pode orientar diferentes práticas sociais, escolares ou não, à elaboração de uma práxis educativa que prime pela libertação de mulheres e homens, pela construção de sua emancipação e, acima de tudo, pela transformação da realidade injusta, opressora e excludente tão presente na cotidianidade do povo latino-americano. Para isso, parto de um breve estudo em torno da origem da educação ambiental popular, a fim de evidenciar as convergências históricas entre a educação ambiental e a educação popular, para em seguida, refletir em torno da macrotendência da educação ambiental crítica.
Palavras-chave: Prática Social. Educação Ambiental Crítica. Educação Popular.
Popular environmental education: contributions in social practices
Abstract
The objective of this article is to present a reflection on popular environmental education, from a historical and critical perspective, as a theoretical current that can guide different social practices, school or not, to the elaboration of an educational praxis that emphasizes the liberation of women and men, for the construction of their emancipation and, above all, for the transformation of the unjust, oppressive and exclusive reality so present in the daily lives of the Latin American people. For this, a brief study is presented on the origin of popular environmental education, with the aim of highlighting the historical relations between environmental education and popular education. Then, reflections on the macro-trends of critical environmental education are presented.
Keywords: Social Practice. Critical Environmental Education. Popular Education.
La educación ambiental popular: contribuciones en prácticas sociales
Resumen
Este artículo tiene como objetivo presentar una reflexión en torno a la educación ambiental popular, desde una perspectiva histórica y crítica, como una corriente teórica que puede orientar diferentes prácticas sociales, escolares o no, a la elaboración de una praxis educativa que prima por la liberación de mujeres y hombres, por la construcción de su emancipación y, sobre todo, por la transformación de la realidad injusta, opresora y excluyente tan presente en la cotidianidad del pueblo latinoamericano. Para ello, parto de un breve estudio en torno al origen de la educación ambiental popular, a fin de evidenciar las convergencias históricas entre la educación ambiental y la educación popular, para luego reflexionar en torno a la macro tendencia de la educación ambiental crítica.
Palabras clave: Práctica Social. Educación Ambiental Crítica. Educación Popular.
Downloads
Referências
ARAUJO-OLIVERA, S. S. Exterioridade: o outro como critério. In. OLIVEIRA, M. W.; SOUSA, F. R. (Org.). Processos educativos em práticas sociais: pesquisas em educação. São Carlos: EDUFSCar, 2014. p. 47-112.
BARBOSA, M. T. Educação ambiental popular: a experiência do centro de vivência agroecológica – CEVAE/TAQUARIL. 151 p. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2002.
BOFF, L. Sustentabilidade: o que é, o que não é. Petrópolis: Vozes, 2012.
BRANDÃO, C. R. O que é educação. 49. ed. São Paulo: Brasiliense, 2007.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental. Os diferentes matizes da educação ambiental no Brasil: 1997-2007. Brasília: MMA, 2008.
CARVALHO, I. C. M. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez, 2008.
CARVALHO, I. C. M. Qual educação ambiental? Elementos para um debate sobre educação ambiental popular e extensão rural. Revista Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, v. 2, n. 2, p. 43-51, abr./jun. 2001.
CARVALHO, I. C. M. As transformações na cultura e o debate ecológico: desafios políticos para a educação ambiental. In: NOAL, F. O.; REIGOTA, M.; BARCELOS, V. H. L. (Orgs.). Tendências da educação ambiental brasileira. 2. ed. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2000. p. 115-128.
CASTELLS, M. O poder da identidade. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
CORAGGIO, J. L. Educação para a participação e a democratização. In: GARCIA, P. B.; LA MAZA, G.; PALMA, D.; MEJIA, M. R.; CORAGGIO, J. L.; VARGAS, J. O. O pêndulo das ideologias: a educação popular e o desafio da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994. p. 89-104.
DIAS, G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. 9. ed. São Paulo: Gaia, 2004.
DUSSEL, E. D. 20 teses de política. Buenos Aires: CLACSO; São Paulo: Expressão Popular, 2007.
FIORI, E. M. Conscientização e Educação. In: BRASIL. Ministério da Saúde. II Caderno de educação popular em saúde. Brasil: Ministério da Saúde, 2014. p. 55-72.
FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Editora UNESP, 2005.
GADOTTI, M. Pedagogia da terra. São Paulo: Petrópolis, 2000.
GARCIA, P. B. Apresentação. In: In: GARCIA, P. B.; LA MAZA, G.; PALMA, D.; MEJIA, M. R.; CORAGGIO, J. L.; VARGAS, J. O. O pêndulo das ideologias: a educação popular e o desafio da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994. p. 7-8.
GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação. Campinas: Papirus, 1995.
LAYRARGUES, P. P. A resolução de problemas locais deve ser um tema-gerador ou a atividade-fim da educação ambiental? In: REIGOTA, M. (Org.). Verde cotidiano: o meio ambiente em discussão. Rio de Janeiro: DP&A, 1999. p. 131-148.
LAYRARGUES, P. P.; LIMA, G. F. C. As macrotendências político-pedagógicas da educação ambiental brasileira. Ambiente & Sociedade, v. 17, n. 1, p. 23-40, jan.-mar. 2014.
LEFF, E. Political Ecology: a Latin American Perspective1. Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 35, p. 29-64, dez. 2015.
LOUREIRO, C. F. B. Sustentabilidade e educação ambiental: controvérsias e caminhos do caso brasileiro. Sinais Sociais, v. 9, n. 26, p. 13-38, set.-dez. 2014.
MAIA, K.; GRAJEW, O. Desigualdade no Brasil, onde você está? Folha de São Paulo, p. A3, 06 dez. 2017.
MELO, J. F. Extensão popular. 2. ed. João Pessoa: Editora da UFPB, 2014.
ONU. Organização das Nações Unidas. Panorama da biodiversidade global: uma avaliação intemediária do progresso rumo à implementação do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020. Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica, 2014. Disponível em: < https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2015/04/PNUMA_Panorama-Biodiversidade-Global-4.pdf >. Acesso em: 01 mar. 2018.
OXFAM. Oxfam Brasil. Documento informativo da Oxfam 210, 18 jan. 2016. Disponível em: < https://goo.gl/hML9bY >. Acesso em: 01 mar. 2018.
PELICIONI, M. C. F.; PHILIPPI JUNIOR, A. Bases políticas, conceituais, filosóficas e ideológicas da Educação Ambiental. In: PELICIONI, M. C. F.; PHILIPPI JUNIOR, A. (Orgs). Educação ambiental e sustentabilidade. Barueri: Manole, 2005. p. 3-12.
PERALTA, J. E.; RUIZ, J. R. Educação popular ambiental. Para uma pedagogia da apropriação do ambiente. In: LEFF, E. (Coord.). A complexidade ambiental. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2010. p. 241-281.
PORTO-GONÇALVES, C. W. A globalização da natureza e a natureza da globalização. 5. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.
RUIZ, J. R. La sustentabilidad y su interpelación a la educación popular. Decisio, n. 3, p.36-39, 2002. Disponível em: < http://cdn.designa.mx/CREFAL/revistas-decisio/decisio3_saber10.pdf >. Acesso em: 01 mar. 2018.
RUIZ, J. R. La educación popular y la dimensión ambiental del desarrollo. Documento de discusión, Asamblea del Consejo de Educación de Adultos de América Latina. Santiago de Chile: CEAAL, 1994.
SAUVÉ, L. Educação Ambiental: possibilidades e limitações. Educação e Pesquisa, v. 31, n. 2, p. 317-322, maio/ago. 2005.
VIEZZER, M.; OVALLES, O. Manual latino-americano de educação ambiental. São Paulo: Gaia, 1995.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Tiago Zanquêta de Souza
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons - Atribuição - Não Comercial 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação nesta revista, sem utilizá-lo para fins comerciais.