Si todos/as somos filósofos/as ¿por qué estudiar filosofía? Y si no lo somos ¿por qué estudiarla entonces?

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.29181/2594-6463-2022-v6-n2-p140-151

Palabras clave:

Hacer Filosófico, Pueblos Originarios, Epistemologías del Sur, Decolonialidad

Resumen

Se todos/as somos filósofos/as por que estudar filosofia? E se não somos, para que estudá-la então?

Resumo
Este ensaio traz algumas reflexões sobre o estudo e o fazer filosófico a partir do Sul Epistemológico, em seus desafios e compromissos com aqueles/as que se encontram na exterioridade do sistema-mundo, sistema esse produzido e mantido pela Colonialidade-Modernidade. O texto foi escrito com o intuito de convidar pesquisadores/as e pessoas interessadas em geral a olharem o filosofar sob uma perspectiva que considere a diversidade de filosofias presentes em variados povos, em que destacamos os povos originários, bem como filósofos e filósofas do Sul Epistemológico, historicamente desconsiderados e/ou subalternizados pela ciência eurocêntrica, como meio de resistência e interpelação diante das suas realidades, servindo à fundamentação e ao desenvolvimento de pesquisas que reconheçam os conhecimentos dos grupos sociais e das pessoas com as quais pesquisamos, se coloquem ao lado de suas lutas, sendo defensoras intransigentes da vida e anunciadoras do esperançar filosófico decolonial.
Palavras-chave: Fazer Filosófico. Povos Originários. Epistemologias do Sul. Decolonialidade.

If we are all philosophers why study philosophy? And if we are not, why study it then?

Abstract
This essay brings some reflections on the study and philosophical practice from the Epistemological South, in its challenges and commitments with those who are in the exteriority of the world-system, a system produced and maintained by Coloniality-Modernity. The text was written with the aim of inviting researchers and interested people in general to look at philosophizing from a perspective that considers the diversity of philosophies present in various peoples, in which we highlight the autochthonous peoples, as well as philosophers and philosophers from the Epistemological South, historically disregarded and/or subordinated by eurocentric science, as a means of resistance and interpellation in the face of their realities, serving as the foundation and development of research that recognizes the knowledge of the social groups and people with whom we research, place themselves alongside their struggles, being intransigent defenders of life and harbingers of decolonial philosophical hope.
Keywords: Making Philosophical. Autochthonous Peoples. Epistemologies of the South. Decoloniality.

Si todos/as somos filósofos/as ¿por qué estudiar filosofía? Y si no lo somos ¿por qué estudiarla entonces?

Resumen
Este ensayo trae algunas reflexiones sobre el estudio y la práctica filosófica desde el Sur Epistemológico, en sus desafíos y compromisos con quienes se encuentran en la exterioridad del sistema-mundo, sistema producido y mantenido por la Colonialidad-Modernidad. El texto fue escrito con el fin de invitar a los/as investigadores/as, y personas interesadas en general, a mirar el filosofar desde una perspectiva que considere la diversidad de filosofías presentes en diversos pueblos, en la que destacamos a los pueblos originarios, bien como filósofos y filósofas del Sur Epistemológico, históricamente desconsiderados, invisibilizados y/o subalternados por la ciencia eurocéntrica, como medio de resistencia e interpelación frente sus realidades, sirviendo de fundamento y desarrollo de investigaciones que reconozcan los conocimientos de los grupos sociales y personas con quienes investigamos, se coloquen en el lado de sus luchas, siendo intransigentes defensoras de la vida y anunciadoras del esperanzar filosófico decolonial.
Palabras clave: Hacer Filosófico. Pueblos Originarios. Epistemologías del Sur. Decolonialidad.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

AGOSTINHO. Confissões. Tradução Arnaldo do Espírito Santo; João Beato; Maria Cristina de Castro-Maia de Sousa Pimentel. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2004.

ARENDT, H. A condição humana. 10. ed. Tradução Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.

ARISTÓTELES. Política. Tradução Mário da Gama Kury. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1985.

BANIWA, G. Educação escolar indígena no século XXI: encantos e desencantos. Rio de Janeiro: Mórula, Laced, 2019.

BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Volume II. Tradução Sérgio Milliet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

BINGEN, H. SCVIAS, Conhece os caminhos do Senhor. Tradução Paulo Ferreira Valério. São Paulo: Paulus, 2015.

BRAZ, W. A. Tehey de pescaria de conhecimento. 2019. 37p. Percurso Acadêmico (Licenciatura em Formação Intercultural para Educadores indígenas, habilitação em Ciências da Vida e da Natureza) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2019.

CARVALHO, M. S. Falsafa: breve introdução à filosofia arábico-islâmica à filosofia arábico-islâmica. Coimbra: Instituto de Estudos Filosóficos - Unidade de I&D - Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 2020.

CASTIANO, J. P. Filosofia africana: da sagacidade à intersubjetivação. Maputo: Educar, 2015.

CONFÚCIO, Os Analectos. Tradução D. C. Lau; Caroline Chang. Porto Alegre: L&PM Editores, 2006.

COSTA, M. R. N.; COSTA, R. F. Escrita e gênero na pensadora medieval Cristina de Pisano. Revista Ágora Filosófica, v. 21, n. 2, p. 05-27, 2021.

DESCARTES, R. Meditações. Coleção Os pensadores, vol. XV. Tradução J. Guinsburg; Bento Prado Jr. São Paulo: Abril Cultural, 1973.

DUSSEL, E. Ética da libertação. Na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis: Vozes, 2000.

DUSSEL, E. Filosofia da libertação: crítica à ideologia da exclusão. São Paulo: Paulus, 1995.

DUSSEL, E. 1492. O encobrimento do outro. A origem do “mito” da Modernidade. Conferências de Frankfurt. Tradução Jaime A. Clasen. Petrópolis: Vozes, 1993.

DZIELSKA, M. Hipatia de Alejandría. Tradução José Luis López Muñoz. Madrid: Ediciones Siruela, 2004.

ECO, U. O nome da rosa. Tradução Aurora Fornoni Bernardini; Homero Freitas de Andrade. Rio de Janeiro: O Globo/São Paulo: Folha de S. Paulo, 2003.

FIORI, E. M. Prefácio. Aprender a dizer a sua palavra. In: FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006. p. 7-22.

FOOT, P. Virtues and vices and other essays in moral philosophy. Los Angeles: University of California Press, 1978.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed., São Paulo: Paz e Terra, 2002.

FREIRE, P. Pedagogia da indignação, cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Editora Unesp, 2000.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 50. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.

GOUGES, O. Declaração dos direitos da mulher e da Cidadã e outros textos. Tradução Cristian Brayner. Brasília: Câmara dos Deputados. Secretaria de Relações Internacionais, 2021.

GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. 7. ed. Tradução Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1987.

HEIDEGGER, M. Que é metafísica? In: HEIDEGGER, M. Conferências e escritos filosóficos. Tradução e notas Ernildo Stein. São Paulo: Nova Cultural, 2005. p. 65-73.

KANT, I. Crítica da razão pura. Coleção Os Pensadores. Tradução Valério Rohden; Udo Baldur Moosburger. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

KOPENAWA, D.; ALBERT, B. A queda do céu: palavras de um xamã yanomani. São Paulo: Cia. das Letras, 2015.

KRENAK, A. Entrevista a Jailson de Souza e Silva. In: SILVA, J. S. A potência do sujeito coletivo: parte II. Revista Periferias, maio 2018. Disponível em: https://revistaperiferias.org/materia/ailton-krenak-a-potencia-do-sujeito-coletivo-parte-ii/. Acesso em: 10 jul. 2022.

LUGONES, M. Rumo a um feminismo descolonial. Tradução Juliana Watson; Tatiana Nascimento. Revista Estudos Feministas, v. 22, n. 3, p. 935-952, set./dez. 2014.

MAMANI, F. H. Buen vivir/Vivir bien. Filosofia, políticas, estrategias y experiencias regionales andinas. Lima: CAOI, 2010.

MANDOKI, K. El indispensable exceso de la estética. Ciudad de México: Siglo XXI Editora, 2013.

MARX, K. Crítica da filosofia do direito de Hegel: 1843. São Paulo: Boitempo, 2005.

MATTOS, T. M. N.; GAMA. U. A. A. Bases da cultura hindu: As escolas filosóficas e sua contribuição para espiritualidade mundial. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, v. 16, n. 3, p. 43-72, mar. 2021.

MIGNOLO, W. A colonialidade de cabo a rabo: o hemisfério ocidental no horizonte conceitual da modernidade. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 35-54.

MOHANTY, C. T. Sob olhos ocidentais. Tradução Ana Bernstein. Rio de Janeiro: Zazie Edições, 2020.

NIETZSCHE, F. Genealogia da moral: uma polêmica. Tradução Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia da Letras, 2008.

OLIVEIRA, L. M. Marguerite Porete e as Beguinas: a importante participação das mulheres nos movimentos espirituais e políticos da Idade Média. São Paulo: Editora Dialética, 2021.

OLIVEIRA, S. L.; ROSSI, A. H. A tradução dos huehuehtlahtolli em malinche: recriando a oralidade náhuatl. Revista Língua e Literatura, v. 20, n. 36, p. 119-131, 2018.

ORUKA, O. Sage philosophy: indigenous thinkers and modern debate on african philosophy. Nairobi: E. J. Brill, 1990.

OWERÁ. Xondaro Ka'aguy Reguá/ Guerreiros da Floresta. 29 maio 2020. 1 vídeo (3 min. e 9 seg.). Publicado pelo canal OWERÁ. Disponível em: https://youtu.be/cT7ZXxAMetY. Acesso em: 10 jul. 2022.

PACHAMAMA, A. R. Mbaima Metlon: Narrativas de mulheresindígenas em situação urbana. Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia, v. 8, n. 2, p. 134-150, 2019.

PATAXOOP, L. Minha escrita é o tehêy, resistência e memória da nossa história. [Entrevista concedida à] Maria Lígia Pagenotto. Rede Galápagos, 2022. Disponível em: https://www.itausocial.org.br/noticias/minha-escrita-e-o-tehey-resistencia-e-memoria-da-nossa-historia/. Acesso em: 18 jul. 2022.

PLATÃO. Teeteto. 3. ed. Tradução Adriana Manuela Nogueira; Marcelo Boeri. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, B. S.; MENESES, M. P. Epistemologias do sul. Coimbra: Almedina/ CES, 2009. p. 73-117.

RAMOSE, M. B. African philosophy through ubuntu. Harare: Mond Books, 1999.

RAO, S. N. Agasthya. Telangana: Litent, 2014.

ROLLA, G. Seria possível não fazer filosofia? Estadão, 27 maio 2021. Estado da arte. Disponível em: https://estadodaarte.estadao.com.br/giovanni-rolla-introducao-filosofia/. Acesso em: 18 jul. 2022.

SANTOS, B. S. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. In: SANTOS, B. S.; MENESES, M. P. Epistemologias do sul. São Paulo: Cortez, 2010, p. 23-71.

SARTRE, J. P. Verdade e existência. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.

SILVA, O. A. R. S. Lesbos: a experiência filosófica na poesia. In: PACHECO, J. (org.). Filósofas: a presença das mulheres na filosofia. Porto Alegre: Editora Fi, 2016. p. 12-27. (e-book).

SPIVAK, G. C. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

STEIN, E. Obras Completas, III: Escritos Filosóficos - Etapa de pensamiento cristiano: 1921-1936. Tradução Alberto Pérez; José Mardomingo; Constantino Ruiz Garrido. Vitoria: El Carmen; Madrid: Espiritualidad; Burgos: Monte Carmelo, 2007. (v. 3).

WALSH, C. Lo pedagógico y lo decolonial: entretejiendo caminos. In: WALSH, C. (ed.). Pedagogías Decoloniales: práticas insurgentes de resistir, (re)existir e (re)vivir. Tomo I. Quito: Abya-Yala, 2017. p. 23-68. (Serie Pensamiento Decolonial).

WEHRLI, F. (ed.). Die Shule des Aristoteles. Aristoxenos. 2. ed. Basel: Schwabe, 1967. (v. 2).

WOLLSTONECRAFT, M. Reivindicação dos direitos das mulheres. Tradução e notas Andreia Reis do Carmo. São Paulo: Edipro/Boitempo, 2015.

XENOFONTE. Apologia de Sócrates: ditos e feitos memoráveis de Sócrates. Coleção Os Pensadores. Tradução Líbero Rangel. São Paulo: Abril, 1972.

Publicado

11/09/2022

Cómo citar

AQUINO PEREIRA, M. J. de. Si todos/as somos filósofos/as ¿por qué estudiar filosofía? Y si no lo somos ¿por qué estudiarla entonces?. Motricidades: Revista de la Sociedad de Investigación Cualitativa en Motricidad Humana, São Carlos, v. 6, n. 2, p. 140–151, 2022. DOI: 10.29181/2594-6463-2022-v6-n2-p140-151. Disponível em: https://www.motricidades.org/journal/index.php/journal/article/view/2594-6463-2022-v6-n2-p140-151. Acesso em: 17 may. 2024.