Mulheres negras nascidas em Campo Belo (MG): referências desde suas perspectivas epistemológicas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29181/2594-6463-2022-v6-n3-p155-169

Palavras-chave:

Mulheres Negras, Resistência, Epistemologia

Resumo

Mulheres negras nascidas em Campo Belo (MG): referências desde suas perspectivas epistemológicas

Resumo
Este artigo teve como objetivo central identificar e compreender referências de Mulheres Negras nascidas em Campo Belo, cidade do interior do estado de Minas Gerais (MG), desde suas perspectivas epistemológicas, seus saberes de experiência feitos. Como procedimento metodológico coletamos narrativas de seis mulheres nascidas em Campo Belo (MG), que se auto-identificam negras e possuem idade igual ou superior a 50 anos. As temáticas propostas para as participantes do estudo narrarem foram: 1) Conte um pouco da sua história de vida; 2) O que é ser Mulher Negra para você? Para estabelecermos uma compreensão dos dados, realizamos transcrição integral dos áudios das narrativas coletadas para identificarmos unidades de significado e construirmos as categorias temáticas: “Ser mulher negra pra mim é ser resistência, sim, resistência” e “Eu penso que o passado alicerça o nosso hoje”.
Palavras-chave: Mulheres Negras. Resistência. Epistemologia.

 

Black women born in Campo Belo (MG): references from their epistemological perspectives

Abstract
This article aimed to identify and understand references of Black Women born in Campo Belo, a city in the interior of the state of Minas Gerais (MG), from their epistemological perspectives, from their knowledge of experience. As a methodological procedure, we collected narratives from six women born in Campo Belo (MG), who self-identify as black and aged over 50 years. The themes proposed for the study participants to narrate were: 1) Tell us a little about your life story 2) What does being a Black Woman mean to you? To establish an understanding of the data, we performed a full transcription of the audios of the collected narratives to identify units of meaning and build the thematic categories: “Being a black woman for me is being resistance, yes, resistance” and “I think the past underpins our today”.
Keywords: Black Women. Resistance. Epistemology.

Mujeres negras nacidas en Campo Belo (MG): referencias desde sus perspectivas epistemológicas

Resumen
Este artículo tuvo como objetivo identificar y comprender referencias de Mujeres Negras nacidas en Campo Belo, una ciudad del interior del estado de Minas Gerais (MG), desde sus perspectivas epistemológicas, desde su conocimiento de la experiencia. Como procedimiento metodológico, recolectamos relatos de seis mujeres nacidas en Campo Belo (MG), que se autoidentifican como negras y con 50 años o más. Los temas propuestos para narrar por las participantes del estudio fueron: 1) Cuenta un poco de tu historia de vida; 2) ¿Qué significa para ti ser Mujer Negra? Para establecer una comprensión de los datos, realizamos una transcripción completa de los audios de las narraciones recolectadas para identificar unidades de significado y construir las categorías temáticas: “Ser mujer negra para mí es ser resistencia, sí, resistencia” y “Creo que el pasado apuntala nuestro hoy”.
Palabras clave: Mujeres Negras. Resistencia. Epistemología.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARAÚJO-OLIVERA, S. S. Exterioridade: o outro como critério. In: OLIVEIRA, M. W.; SOUSA, F. R. (org.). Processos educativos em práticas sociais: pesquisas em educação. São Carlos: EdUFSCar, 2014. p. 47-112.

BRASILEIRO, J. Rei Ambrósio de Minas Gerais e o ofuscamento da história e da memória de um líder quilombola. Temporalidades, v. 9, n. 3, p. 60-72, 2017.

CARVALHO, C. C. F. (Des)Colonizar os saberes e os gêneros: é possível uma hermenêutica feministas das epistemologias feminista do sul? Geografia: Ambiente, Educação e Sociedades, v. 1, n. 1, p. 22- 39, 2019.

COLLINS, P. H. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. São Paulo: Boitempo, 2019.

DAVIS, A. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

ELA, J. M. Investigação científica e crise da racionalidade. Livro I. Lisboa: Pedago; Luanda: Mulemba, 2015.

FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. 9. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.

GIL, G. A mão da limpeza. In: GIL, G. Raça Humana. Rio de Janeiro: Warner Music Brasil, 1984. Download digital (3min28s).

GOMES, N. L. Cultura negra e educação. Revista Brasileira de Educação, n. 23, p. 75-85, 2003.

GOMES, R. A análise de dados em pesquisa qualitativa. In: MYNAIO, M. C. S. (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2004. p. 67-89.

HOOKS, B. Teoria feminista: da margem ao centro. São Paulo: Perspectiva, 2019.

LUGONES, M. Colonialidad y género. Tábula Rasa, Bogotá, n. 9, p. 73-101, 2008.

MACHADO, O. V. M. Pesquisa qualitativa: modalidade fenômeno situado. In: BICUDO, M. A. V.; ESPOSITO, V. H. C. (org.). Pesquisa qualitativa em educação: um enfoque fenomenológico. Piracicaba: UNIMEP, 1994. p. 35-46.

MARTINS, T. J. Quilombo do Ambrósio: onde ficava? MG Quilombo, 2022. Disponível em: https://www.mgquilombo.com.br/artigos/bens-quilombolas-materias-e-imateriais/quilombo-do-ambrosio/. Acesso em: 2 nov. 2022.

MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto comunista. 24. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2021.

MIÑOSO, Y. E. Fazendo uma genealogia da experiência: o método rumo a uma crítica da colonialidade da razão feminista a partir da experiência histórica na América Latina. In: DE HOLLANDA, H. B. (ed.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. p. 96-120.

MOREIRA, N. R. A construção teórico-metodológico das trajetórias de vida na pesquisa sociológica. In: AMADO, J.; CRUSOÉ, N. M. C. (org.). Referenciais teóricos e metodológicos de investigação em educação e ciências sociais. Vitória da Conquista: Edições UESB, 2017. p. 61-74.

OLIVEIRA, M. W.; SILVA, P. B. G.; GONÇALVES JUNIOR, L.; GARCIA MONTRONE, A. V.; JOLY, I. Z. L. Processos educativos em práticas sociais: reflexões teóricas e metodológicas sobre pesquisa educacional em espaços sociais. In: OLIVEIRA, M. W.; SOUSA, F. R. (org). Processos educativos em práticas sociais: pesquisas em educação. São Carlos: EdUFSCar, 2014. p. 29-46.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, B. S.; MENESES, M. P. (org.). Epistemologias do sul. São Paulo: Cortez, 2010. p. 84-130.

RIBEIRO, D. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017.

RIBEIRO, D. Pequeno manual antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

RIBEIRO, S. Quem somos: mulheres negras no plural, nossa existência é pedagógica. In: HOLLANDA, H. B. Explosão feminista: arte, cultura, política e universidade. São Paulo: Cia. das Letras, 2018. p. 164-171.

SANTOS, B. S. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 78, p. 3-46, 2007.

SANTOS, B. S. A difícil democracia: reinventar as esquerdas. São Paulo: Boitempo. 2016.

SANTOS, B. S; MENESES, M. P. Introdução. In: SANTOS, B. S.; MENESES, M. P. (org.). Epistemologias do sul. São Paulo: Cortez, 2010. p. 15-27.

TEDLA, E. Sankofa, african thought and education. New York: Peter Lang, 1995.

Downloads

Publicado

15/12/2022

Como Citar

BRITO, M. M. de; CHECCHI, C. M. da S. de. Mulheres negras nascidas em Campo Belo (MG): referências desde suas perspectivas epistemológicas. MOTRICIDADES: Revista da Sociedade de Pesquisa Qualitativa em Motricidade Humana, São Carlos, v. 6, n. 3, p. 155–169, 2022. DOI: 10.29181/2594-6463-2022-v6-n3-p155-169. Disponível em: https://www.motricidades.org/journal/index.php/journal/article/view/2594-6463-2022-v6-n3-p155-169. Acesso em: 2 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa